quinta-feira, 2 de julho de 2009

Estúdio Famecos: debate na TV

Participar de um programa de TV foi muito diferente e semelhante de falar ao rádio. As diferenças se passam no momento em que há imagem e som ao mesmo tempo. Não podemos gesticular para decidir quem será o próximo a falar. O cronograma deve ser muito bem elaborado. Além disso, o programa de rádio "Será que chove?", que apresentamos há algumas semanas, tinha 20 minutos de debate, enquanto o "Estúdio Famecos" foi dividido em duas partes: a primeira, uma entrevista com o professor da Famecos Luciano Klockner  e em seguida um debate sobre o tema abordado - o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo.


Na primeira parte fiquei na câmera de plano fechado. Foi tranquilo. O que eu fazia era focar o rosto de cada pessoa que estava falando. Também havia uma câmera de plano aberto (que ficava sempre parada), controlada pelo professor Eduardo Pellanda, que também estava controlando qual das câmeras estava "no ar". 


Em seguida veio o debate. Fiz a ancoragem, e também foi tranquilo. Seguimos uma ordem de cada um falaria da minha esquerda para a direita. No fim das contas, "os dez minutos pareceram dois", disse nosso colega João Willrich. 


O consenso foi de repúdio à decisão protocolada pelo STF no último dia 17. O próprio entrevistado lembrou que tanto o Direito como o jornalismo têm raízes semelhantes. Mas foi Gimar Mendes, formado em direito, quem defendeu o fim da exigência do diploma de jornalismo comparando a profissão à de cozinheiro e dizendo que ela não oferece riscos à sociedade. Primeiro que culinária e jornalismo são áreas bastante diferentes. Depois que se as consequencias do jornalismo fossem nulas, não teria acontecido o caso Watergate no início dos anos 70 e nem tantas medidas para limitar a atuação da imprensa no Irã e Coréia do Norte, por exemplo. 


Por Pedro Faustini


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