quinta-feira, 25 de junho de 2009

O que se planta, se colhe

Quando eu prestei vestibular, escrevi na redação que “Quando uma árvore está morrendo, um dos primeiros sinais da morte são suas folhas, que caem. Para salvar essa árvore, não basta colar as folhas nos galhos. Dessa forma, se está apenas remediando o problema, não solucionando-o. Deve-se dar nutrientes para a raiz. Ou então plantar uma nova árvore. Levaria vinte anos, talvez, para que a nova árvore amadureça. Mas seus frutos serão os mais doces possíveis”.

O mesmo esquema acontece com a educação. Educação de qualidade demora vinte anos (o tempo de uma geração) para mostrar efeito na sociedade. Mas ela resolve qualquer problema que exista. Com qualificação, chega-se aonde se quiser. Os frutos são os mais doces possíveis.

A medida do STF de retirar a obrigatoriedade do diploma é convidar as pessoas interessadas em fazer jornalismo a não estudar. Convidá-las a fazer parte das folhas cadentes da árvore que está morrendo. Uma contradição, pois em um momento que o Ministério da Educação visa aumentar o orçamento em educação (de 4% para 6% do PIB) um diploma de nível superior “cai”.

Mas tal atentado não tende a alterar muito o cenário da profissão. Com a chegada de novas tecnologias, quem não tiver o diploma vai passar por grandes dificuldades de se inserir no mercado de trabalho, que irá procurar jornalistas qualificados para editar som, vídeo, escrever textos em jornal e internet, saber explorar os potenciais da TV Digital e da IPTV, dentre outras coisas. 

Mais do que nunca, a educação se tornou algo de vital importância. A profissão se tornará mais técnica, mas sem deixar as questões humanas de lado. O jornalista – assim como hoje – terá que saber de tudo, um pouco. E só conseguirá isso se cursar uma faculdade, se especializar, cursar várias pós-graduações... Enfim, o jornalista irá colher aquilo que plantar.

Por Pedro Faustini

O futuro interativo da TV

O último mês do semestre começou com aulas sobre TV. Para mim ela foi excelente. Afinal, para a cadeira de metodologia estava desenvolvendo um artigo acerca das mundanças pelas quais passava a TV e como isso afetaria a atuação da publicidade. 


O texto solicitado ajudou muito. O que está sendo falado atualmente é basicamente a TV DIgital. Mas ela não é a única nova maneira que teremos de assistir aos programas. A IPTV (TV pela internet) depende de apenas regulamentação da Anatel para entrar com força no país.


Ao contrário da WebTV, na IPTV os conteúdos não ficam armazenados em sites (como o Youtube ou o MetaCafe), pois a internet é usada como um "sinal" de transmissão de conteúdos. Os programas poderiam ser assistidos tanto no monitor do computador como na televisão. Para o último caso, é necessário um "conversor" (chamado seto-top box), que transmitirá o sinal proveniente da internet à televisão. Com a IPTV, o acervo de canais disponíveis aumentaria consideravelmente, o que poderia diluir a atuação da publicidade (devido ao grande número de canais). Outra possibilidade seria aproveitar a internet para enviar propagandas exclusivas aos espectadores interessados em temas específicos, aproveitando o IP de cada computador. 


A interatividade também seria um ponto positivo para o futuro da TV. A chegada de novas tecnologias, se bem utilizadas, podem ampliar e melhorar o trabalho jornalístico. Mas tais tecnologias que exigem um conhecimento mais técnico por parte dos jornalistas chegam meio a um momento no qual cai a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, tema que será abordado no próximo post.


Por Pedro Faustini