Dos meios de comunicação de massa, o rádio foi o primeiro a ter voz. Jornais, telégrafos e revistas utilizavam apenas a escrita como forma de comunicação. O rádio, que no início era uma espécie de complemento daquilo que os jornais noticiavam e ainda era caro, ganhou uma importância tão grande na vida das pessoas que nem ele sabia quão influente era.
Uma prova disso ocorreu em 1938, quando Orson Welles leu uma adaptação de “Guerra dos Mundos” no rádio nos EUA e provocou pânico geral. Muitas pessoas acreditaram que a Terra estava sendo invadida por seres de outro planeta, e outras chegaram a se matar.
Poucos anos mais tarde, o rádio teria uma importante função na segunda guerra mundial, pois era um dos principais meios de propaganda e informação dos diferentes lados envolvidos. No Brasil, no mesmo período, surge o Repórter Esso, que dava o resumo das notícias. Iniciou em 1941, apoiava o presidente Vargas e tinha orientação do Departamento de Imprensa e Propaganda para funcionar. O Repórter Esso divulgava notícias ligadas ao estilo de vida americano e trazia notícias das guerras que os EUA se envolvia. Foi o precursor inspirador de muitos outros programas de notícias no Brasil, como o correspondente Ipiranga.
Porém, na metade do século XX, com a chegada da televisão, o rádio começou a perder força. A chegada do rádio de pilha, pequeno e portátil, foi fundamental para fazer com que o rádio não morresse frente à TV, que aliava voz à imagem. Nos anos setenta, veio o rádio FM, que quer dizer modulação em frequência, ou "frequência modulada". Muito usada para músicas, pois apesar de ter um alcance menor do que a rádio AM, possui uma qualidade de som melhor.
Com e chegada da internet, muitas rádios têm seus websites, onde os ouvintes podem ouvir a rádio sem precisar de um aparelho de rádio. Ainda, os celulares estão vindo com rádio FM. Nunca foi tão fácil ouvir rádio. Para o futuro, assim como a TV, está se falando no rádio digital, que aumentaria a qualidade do som e permitiria uma maior interatividade entre a rádio e o ouvinte. Alguns modelos de rádio digital seriam um bom remédio para que novas rádios possam surgir, pois quase não há mais espaço no “dial” para se implementar novas estações em grandes cidades. O futuro deste meio de comunicação apresenta muitas possibilidades. Aliás, a própria história mostra que o rádio sabe como e quando mudar.
Por Pedro Faustini
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